quinta-feira, 30 de março de 2017

LANÇAMENTOS DA MONDRONGO NESTA SEXTA-FEIRA, EM SALVADOR

Nesta sexta-feira, dia 31, a partir das 19 horas, no Haus Kaffe (Pátio do ICBA – Corredor da Vitória), em Salvador, a Mondrongo apresenta três novos e ótimos livros. São eles: Auto da Romaria (Poesia), de João Filho; Natal de Herodes (Poesia), de Wladimir Saldanha; e Virgílio e Os Cantadores (Ensaios), de Mauro Mendes.  
Abaixo, breves comentários sobre cada livro.

AUTO DA ROMARIA
(Por Luciane Amato)
"Lugar de nascimento é destino", nos diz o poeta João Filho, e livros têm o seu destino como disse um outro poeta, e este destino, dentre tantos outros, consiste em nos dar uma perspectiva que permita ressignificar as nossas histórias e as histórias tanto dos nossos entes queridos quanto dos não tão queridos, como faz esse livro.
Muitos leitores serão, sem dúvida, como eu, transportados — e aqui, outro destino dos livros — para as cidades do interior onde nasceram e foram criados, se não com a Romaria, ao menos com as procissões que nos imprimiram definitivamente o caráter do Sagrado podendo, agora, desde a perspectiva desse mundo recriado por João Filho, renovar aquela impressão, pois percebemos aquele pequeno povo de Bom Jesus da Lapa e dos romeiros que lá foram dar, envoltos e interpretados pela Paixão de Nosso Senhor e, com essa percepção, recuperamos o sentido aqui,  atenuamos alguns ressentimentos ali, descobrimos o que estava oculto em alguns corações acolá.

NATAL DE HERODES
(Por Emmanuel Santiago)
T.S. Eliot diz que a poesia “não é a expressão da personalidade, mas uma fuga da personalidade”, fuga que se dá através da tradição. Porém, ao se apropriar da cultura, impregnando-a de suas vivências, o poeta é capaz de dar-lhe um sentido psicológico próprio, convertendo figuras históricas e do imaginário popular em mitologia pessoal. É essa sutil e difícil química que Wladimir Saldanha logra obter: inquietação metafísica, tensão entre o espiritual e o sensível com que dialoga o excelente e peculiar trabalho do ilustrador Felipe Stefani, cujas linhas revoltas sugerem uma diafaneidade das figuras, ao tempo em que lhes emprestam a materialidade do risco como tal. 

VIRGÍLIO E OS CANTADORES
(Por Soares Feitosa) 
O meu projeto é falar sobre a palavra poética, nestes dois extremos, o erudito (Virgílio) e o popular (os cantadores de viola). Convivem? Não e Sim. Não, pois, na maioria dos casos, as duas castas se repelem. Enquanto os cantadores cultivam mais e mais a sua cantoria, os eruditos afastam-se mais e mais do popular. Tudo isto constitui uma perda, uma dicotomia desnecessária, que “Virgílio e os Cantadores” tenta desfazer, porque o bom é perfazer essa viagem Grécia (Roma) e sertão. Sim, apenas nuns quatro gatos pingados. O poeta Gerardo Mello Mourão foi um dos poucos que citavam suas origens intelectuais como menino de feira, ouvindo os cegos cantadores, em Ipueiras, no sertão do Ceará. Eu também os ouvia em Nova Russas (CE), na voz soberba do cego Dantas, seca de 1958, por aí, e, logo no início deste livro de Mauro Mendes, ficamos sabendo que, pela mesma época, ele também ouvia os cantadores de viola nordestinos, em Quixadá (CE). 

terça-feira, 21 de março de 2017

Natal de Herodes, de Wladimir Saldanha, em pré-venda

O novo livro de Wladimir Saldanha, Natal de Herodes, também está em pré-vende com preço e frete a valor promocional. Quem adquirir agora o receberá em casa, autografado pelo autor. A previsão de postagem é dia 3 de abril. CLIQUE AQUI

Novo livro de João Filho em pré-venda

Com lançamento planejado para o dia 1 de abril, em Salvador, o novo livro de João Filho, Auto da Romaria, está em pré-venda com preço e frete a valor promocional. Quem adquirir agora o receberá em casa, autografado pelo autor. A previsão de postagem é dia 3 de abril. CLIQUE AQUI

Um poema de Que Assim Seja, do Luis Pimentel

O livro pode ser adquirido AQUI

Um poema de Antonio Brasileiro

O livro pode ser adquirido AQUI

quarta-feira, 15 de março de 2017

Laurina Tecendo os Fios do seu Tapete

Está disponível no site da Mondrongo (AQUI) o livro “Laurina Tecendo os Fios do seu Tapete”, da psicóloga e professora Ila Nunes. A obra, em formato 21 x 28cm, conta com ilustrações do artista plástico Gabriel Ferreira.
Sobre o livro
A autora define “Laurina Tecendo os Fios do seu Tapete” como um conto escrito em versos que revela a relação entre mãe e filha. Durante o dia, Laurina tece fio a fio o seu tapete e à noite é a mãe dela que desfaz todo o trabalho. O tapete de Laurina é desfeito porque sua mãe julga que ele não foi bem tecido. Laurina, ao ser surpreendida por essa ação da mãe, argumenta que são os fios feios, mas os seus fios feitos. A trama de Laurina desenvolve-se nessa díade mãe-filha na qual é possível perceber que Laurina deseja e faz escolhas para além dos anseios e das opções de sua mãe.

A obra, embora classificada como literatura infanto-juvenil, não obedece a uma idade do leitor, e nela é possível perceber a analogia com o mito grego “A Odisséia” e a presença diluída de grandes pensadores como Nietzsche, Sartre, Freud e Lacan. 

terça-feira, 14 de março de 2017

Virgílio & os Cantadores e Outros Ensaios

Abordo, aqui, a questão da palavra poética, nestes dois extremos, o erudito (Virgílio) e o popular (os cantadores de viola). Convivem? Não e Sim. Não, pois, na maioria dos casos, as duas castas se repelem. Enquanto os cantadores cultivam mais e mais a sua cantoria, os eruditos afastam-se mais e mais do popular. Tudo isto constitui uma perda, uma dicotomia desnecessária, que “Virgílio e os Cantadores” desfaz, porque o bom é perfazer essa viagem Grécia (Roma) e sertão. Sim, apenas nuns quatro gatos pingados. Para adquirir clique AQUI
(DO ESTUDO INTRODUTÓRIO ESCRITO POR SOARES FEITOSA)


Novo livro de Fabiano Salim comentado por ele mesmo

Este livro, que pode ser adquiro AQUI mistura, em páginas separadas, contos e casos.
O conto, obra do imaginário, busca materializar coisas retidas na alma, como quando o vinho míngua na garrafa fazendo a cabeça brindar em taças, esvaziar a tinta da caneta e enriquecer o papel.
Já um caso, também dito “causo”, engraçado por natureza, muitas vezes brota em um canto desconhecido, atravessa os limites do município, espalha além das divisas de estado, pula fronteiras. Vira folclore. Ganha recortes, acréscimos, adaptações em forma, época e personagens, tornando-se originário de torrões mil.
Nos casos aqui relatados, eu estava presente na maioria. Quando não, pelo menos conheci seus protagonistas que, de pés juntos, juram ser autores das artes.