domingo, 13 de agosto de 2017

A DELÍCIA E O DESAFIO DE SER PAI

Gustavo Felicíssimo


Todo pai de primeira viagem descobre rapidamente o quanto seu novo papel é delicioso e desafiante. Delicioso porque voltamos ao mundo da fantasia e sonhamos com mais intensidade; ao mesmo tempo nos tornamos menos vulneráveis às provocações externas. Desafiante porque, com nossas experiências de filho, somos impelidos a superar nossos pais. Somos chamados a transcender nossos limites. É aí, talvez, que reside o motivo maior da paternidade.
Sempre estive literalmente infenso às datas comemorativas, como o Natal, Dia das Crianças, Dia das Mães, e outras. Entretanto, às portas dos meus 40 anos, algo começou a mudar. Num momento em que já não alimentava qualquer aspiração à paternidade, ela me apanhou e me virou pelo avesso. Foi então que percebi o quanto ser pai é um exercício constante de generosidade, abdicação, tolerância, paciência. É, também, viver em estado permanente de transformação interior e alerta.
Ser pai é delicioso e desafiante, é acordar de madrugada preocupado com o choro do filho (no meu caso, das filhas), mas é também lhes oferecer o conforto necessário dos nossos braços para que voltem a dormir. É saber que o filho vai requerer para si todo o tempo disponível que tivermos e o tempo nem tão disponível assim, e mesmo com toda trabalheira seremos completamente loucos por eles. Ser pai é trocar fraldas, limpar cocô, perder noites de sono. É chegar exausto ao final do dia e mesmo assim encontrar mais um pouquinho de energia para dedicar-se ao filho. Mas também é se emocionar com um sorriso, com os primeiros passos, primeiras palavras. Ser pai é comemorar o dentinho que está nascendo e ficar parecendo um tolo quando se ouve o primeiro... papai.
Devido aos apelos midiáticos e publicitários que infestam nosso cotidiano, poderia continuar aceitando que o Dia dos Pais é apenas mais uma data meramente ilustrativa, comercial, cujo ápice supostamente ocorre na oferta dos tradicionais presentes. Mas isso pode ser visto de outra forma.
Recorrendo ao dicionário, encontrei o adjetivo “paterno” como significante de algo que “lembra o amor de pai”. Convenci-me, então, de que a maior gratificação de um pai no Dia dos Pais não é receber um presente ou ter reservado no calendário um dia para ser lembrado mais efusivamente. No Dia dos Pais a maior gratificação de um pai é poder oferecer a seu filho mais um pouco de tempo, carinho e atenção. Eis, para mim, a delícia e o desafio de ser pai.

Em: Carta a Rubem Braga, Crônicas, Mondrongo, 2017

Lançamento previsto para agosto de 2017

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Amali e sua história

Marcos Cajé (Mestre em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas pela UFRB), e Bárbara Santana Nogueira (professora de História, licenciada pela Faculdade São Bento da Bahia) apresentam “Amali e sua história”, um livro infanto-juvenil que livro busca a fomenta da Lei 10.639/03, e do que propõe para colocar em foco as religiões de matrizes africanas, no processo construtivo da história do Brasil. Sobretudo em relação as religiões de matrizes africanas como um meio de resistir à escravidão e como forma de afirmação e permanência das culturas oriundas dos povos africanos. 

sábado, 5 de agosto de 2017

De volta à Vitória da Conquista

No próximo dia 5 de agosto, sábado, no bacaníssimo Bendito, localizado na Av. Alziro Prates, 77, no bairro Candeias, a editora baiana Mondrongo promove o lançamento dos livros Cadenza, de Charles Ribeiro, e Contemplos, de Ian Carvalho, ambos de poesia.


Sobre os poetas
Charles e Ian fizeram parte do importante grupo Candeeiro, formado por poetas conquistenses, que começaram a promover recitais nas praças da cidade, atividade que se desdobrou, por sua força, e ganhou o palco do Teatro Municipal Carlos Jehováh. Assim, a cidade de Vitória da Conquista, pode-se dizer, passou a ter uma nova geração de poetas que recolocou a cidade no mapa da literatura contemporânea da Bahia. 

Sobre os livros
Do ponto de vista formal e temático os livros também se aproximam, pois são frutos de uma estética vanguardista e refletem em temas diversos, marcadamente existencialistas, partindo da observação da realidade vivida para a apreensão de um sentido maior. Os poetas refletem em suas obras o estranhamento do homem no mundo, impregnado por um sentido de deslocamento frente à ruptura de valores da modernidade e à queda de paradigmas, antes institucionalizados e agora questionados ou até mesmo negados.

Serviço:
Lançamento dos livros Cadenza, de Charles Ribeiro, e Contemplos, de Ian
Dia: 5 de agosto, sábado, a partir das 17 horas
Local: Bendito – Café – Arte – Tabacaria
Av. Alziro Prates, 77, Candeias
Vitória da Conquista
Valor dos livros: 35,00 (cada)

quarta-feira, 19 de julho de 2017

CRISTIANO É PROSA, MESSI É POESIA

Por Gustavo Felicíssimo


Solitário, em meu escritório, onde dou início a escrita desta crônica, observo a lua cheia, assemelhada a uma bola de futebol, e me lembro aquela história infantil em que um menino chuta a sua bola para o alto e acaba derrubando a lua, iniciando a partir daí uma grande confusão.
Isso para dizer que em matéria de futebol, se não sou nenhum expert, também não sou ignorante. E se me perguntarem qual o meu time, respondo logo que tenho dois: São Paulo e Bahia. O primeiro me acompanha desde o berço por influência de meu pai; o segundo é coisa inexplicável, é paixão desde que fui à Fonte Nova pela primeira vez, no já distante ano de 1993. Eu ficava na geral, bem pertinho da Bamor, entrando ali pela Ladeira da Fonte. E acho mesmo que devo ser um caso raro, senão único, de um paulista torcedor de um time nordestino. Aliás, devo dizer que no enfrentamento dos tricolores meu coração fica com o da boa terra sem pestanejar.
            Mas o Bahia maltrata muito a gente. Já frequentamos a terceira divisão e passamos anos seguidos na segundona. Pior é que quando vamos para a primeira, no ano seguinte lá estamos nós, de novo, rebaixados. Só mesmo um coração de aço para suportar. Só mesmo muita paixão. Mas torcedor que não quiser ter esse tipo de aflição que vá torcer pelo Real Madrid ou Barcelona, lá não se corre esse risco. Eles têm Cristiano Ronaldo e Messi, além de outros diversos craques, e estão sempre por cima da carne fresca, fresquíssima, aliás, com euros de sobra, sempre, para a contratação da última joia dos gramados do planeta.
Aliás, nesta noite, após três ou quatro doses de uísque, lembrando a canção de Rita Lee sobre o texto do Jabor, tive um insight e desenvolvi a teoria de que o Cristiano Ronaldo está para a prosa assim como o Messi está para a poesia. No entanto, antes de me embrenhar na questão, é necessário concordar com o Tostão quando ele observa que a bola de um depende da bola de outro, ou seja: a competitividade e rivalidade entre ambos é tão alta e tão acirrada que o que faz um alcançar o máximo rendimento é a existência do outro. Assim, o CR7 como o conhecemos só é possível por conta da existência de um rival à sua altura. Isso vale também para o argentino.
            E se há mesmo alguma possibilidade de comparação entre eles, esta apenas se pode fazer por meio da literatura. Visto que o estilo de jogo do Messi, por exemplo, depende muito do inefável, do improviso, e que ele tateia o gramado como um poeta buscando o indizível, mas sabendo o que quer dizer, como pregou o Gullar, cada drible, cada jogada desconcertante, como aquela sobre o Boateng, podendo ser comparada apenas a um poema, desses com mudanças de perspectivas e metáforas que nos deixam sem fôlego, mais das vezes um poema de boa fatura, ou melhor, um gol, uma jogada excepcional ou um passe para o companheiro apenas cumprimentar a redonda, deitando-a nas redes adversárias.
            Já o Cristiano Ronaldo é prosa pura. Sua índole futebolística é orgânica, depende intimamente do desenvolvimento da partida, assim como uma narrativa depende de um desenvolvimento dentro do tempo. Mesmo que o jogo esteja difícil, ele bem marcado, esconder-se nunca é uma opção, por isso é necessário pulsar, pulsar, até que numa entrelinha – a explosão! Uma única oportunidade e o desfecho é sempre o mesmo: gol do gajo. Pois para ele os 90 minutos de uma partida não passam de mera descrição de paisagem, por isso nunca toma parte em todas as peripécias, mas está ali, pronto para explodir num quadro íntimo. É quando corre para o público e diz: eu estou aqui!
         Enfim, nem preciso dizer que prosa e poesia são gêneros textuais complementares, assim como, do mesmo modo, os gênios Cristiano Ronaldo e Lionel Messi. Eles são as duas extremidades de um leque se fechando harmonicamente, são a fome e a vontade de comer, o chão e a semente. Os mais espirituosos diriam que eles são o casal de namorados no banco da praça, de mãos dadas, mas que não se beijam. E nós somos os felizes espectadores de futebol que podemos presenciar um tempo polarizado entre esses dois grandes astros que já fazem parte, de modo insondável, do panteão dos grandes craques de todos os tempos.

Em: Carta a Rubem Braga, Crônicas, Mondrongo, 2017

Lançamento previsto para agosto de 2017

terça-feira, 18 de julho de 2017

Cinco livros infantis publicados pela Mondronguinho

Embora mais conhecida por suas publicações no campo da literatura adulta, a Mondrongo, através do selo MONDRONGUINHO, vem publicando assiduamente obras voltadas para o público infantil. Abaixo, breves sinopses de alguns deles:



A obra é um conto escrito em versos que revela a relação entre mãe e filha. Durante o dia, Laurina tece fio a fio do seu tapete e à noite a sua mãe desfaz todo o tapete por julgar que ele não foi bem tecido. A trama de Laurina desenvolve-se nessa díade mãe-filha na qual é possível perceber que a personagem deseja e faz escolhas para além do desejo e das escolhas de sua mãe. É possível perceber a analogia com o mito grego A Odisseia, bem como a presença diluída de grandes pensadores como Nietzsche, Sartre, Freud e Lacan.

O menino da bicicleta voadora, de Gustavo e Arthur Lyra
Essa história quase real foi vivida na ilha de Itaparica, no veraneio de 2014. As confortáveis espreguiçadeiras instaladas no coqueiral infinito da casa eram o destino inevitável depois do jantar. Ali, descansando das aventuras praieiras, pai e filho embarcavam sem roteiro e com toda animação na viagem da imaginação. A linda visão das luzes de Salvador no horizonte e do céu espetacular das noites de verão eram a inspiração que fazia brotar os enredos mais imprevisíveis, até que o sono vencesse a disposição dos viajantes.

De onde vem a escuridão, de Lara Mendonça
Mas de fato o que é a escuridão? Nossa poetisa Lara Mendonça (Larinha, que escreveu essa história em versos com apenas 11 anos), faz uma reflexão bastante sucinta sobre esse complexo substantivo que povoa nossas mentes, nos deixando curiosos e quem sabe até... bem medrosos. Você vai desvendar e descobrir que a escuridão não é apenas um breu e sim um mundo de possibilidades dos quais não precisamos ter medo.

Trata-se de uma historinha divertida, que apresenta aves da Mata Atlântica brasileira e demonstra a importância da união para garantir direitos e impedir a opressão. Você vai descobrir como os passarinhos da Floresta do Conduru se organizaram para combater o gavião ditador.

Igbo e as princesas, de Marcos Cajé
É uma história que se passa em um país do continente africano, a Nigéria, envolvendo encantamentos e mistérios em uma aldeia, sua família real, o nascimento das princesas e a coragem de um rapaz chamado Adjo, que busca sua felicidade e sonha em contribuir para o crescimento de sua aldeia junto ao Rei. O livro traz elementos do lúdico e a presença de vários personagens que tornam a história um princípio de confiança, respeito e encanto do mítico.  

segunda-feira, 3 de julho de 2017

APOETAMENTOS, por Affonso Romano de Sant’Anna

A primeira coisa que se observa na poesia de Rodney Caetano é que ele é um furioso leitor de poetas. Nisto ele mostra-se já original. O “corpus” que ele elege é singular. Quebra as barreiras. Ao contrário do que ocorre na poesia brasileira, ele vai de um lado a outro, sem constrangimento. E isto é saudável, quebra os famosos paradigmas. Ele se sente à vontade, com tremenda liberdade. É com essa liberdade que se põe a poetar, dono de seu nariz, livre.
Desprende-se de seu metier aquela agradável sensação de que ele pode fazer com o verso o que quiser. Tem um domínio invejável do verso e seus segredos. Vai até às experiências visuais como é o caso do poema “Janela”. Tem também uma ligação com a música notável, e isso aparece em sua poesia.
Ensaísta, tendo dado sua contribuição à universidade, esperou o momento certo para lançar-se. É mais uma relevante contribuição que nos vem de Curitiba, de onde sobram ventos renovadores para a vida nacional.

Affonso Romano de Sant’Anna






terça-feira, 27 de junho de 2017

Novo livro de Renato Prata começa a receber crítica

O livro “Breve antologia poética”, do premiado poeta baiano Renato Prata, a ser lançado em breve, já começa a receber suas primeiras apreciações críticas. 

Versos na Pulseira do Tempo
 Cyro de Mattos

O baiano Renato Prata nasceu em Itabuna, como sua irmã Heloísa Prazeres, que também é poeta.  Em Breve antologia poética (2017) publica dessa vez uma seleção de poemas extraídos de seus quatro livros:  Sob o cerco de muros e pássaros (2003), A quinta estação (2007), A pulseira do tempo (2012) e Mar Interior (2015), além de outros retirados das antologias Poetas da Bahia II e III (2003, 2015) e Outros Riscos (2013). Essa Breve Antologia Poética, que nos dá uma amostragem da vida em seu claro parentesco com a música, a considerar espaços da significação ideal do mundo através do verso, é organizada por Heloísa Prazeres.
De marcante presença na lírica contemporânea da Bahia, o poeta de gestos recatados preferiu conviver com o seu projeto estético, em exercício qualificado, durante décadas até que comparecesse em livro. Recolhido ao silêncio de suas criações, não optou por conviver em grupos, forjar alianças, para desfrutar de certo comércio no setor, muito comum aos elogios mútuos e fáceis. Tornou-se o principal crítico de sua produção poética antes de fazer sua estreia como um poeta maduro, privilegiado em sua expressividade nas construções de formas líricas, tanto nos versos livres como nos de estruturas fixas.
Conquistou alguns prêmios literários importantes na Bahia. Um de seus livros teve a edição do próprio autor, já  outros três foram publicados por editoras  baianas de porte pequeno, sem atuação no circuito nacional. Mas o que vale é a sua poesia, que,  de livro a livro, apresenta-se  integrada de linguagem e vida. 
Poeta de ritmo melodioso, desde a estreia em Sob o cerco de muros e pássaros revela que, se procede dos deuses, viaja com tropeços na claridade. Lê-se no poema “O passado investe nossos passos” que os versos da juventude nem chegaram a ter escritura, “gastaram-se no limbo por decênios”.  Sem cantar “as efusões de um dia,  amadas inúteis, o primeiro encontro com a morte”, a certa altura  indaga da razão dessas impressões líricas, guardando sonhos no que sabem o quanto viver, no fluxo e refluxo do prazer,  têm o passado que investe nossos passos. Leva-nos  à conclusão de que um clima é formado de acréscimos líricos,  que a cada momento formam um corpo concentrado em si de sentimentos, escavações no interior, que são expostas aos ventos. 
É nesse tom essencialmente lírico, participante de momentos com aguda sensibilidade,  que encontramos  um poeta inventor do poema com lastros da miragem, ternuras, purezas, maciez e algum presságio. Toca em nossos ouvidos uma poesia orvalhada de emoções, trinado de pássaro, jogo das ondas no vasto mar de  ideias, que   no seu timbre ritmado de cores, sutilezas várias, corre e voa com a musicalidade de sua composição quando escalavra o vento.  Tece com sabedoria o silêncio marcado pela ilusão, que se  impôs nas trilhas do sonho através do intercâmbio da palavra capaz de  esclarecer o  mundo.
De arguta leitura da vida, compartimentada no verso, como no poema “Rastrear os deuses”, Renato Prata  expõe sua crença na poesia quando afirma que elabora o verso para atravessar divisas da solidão, maneja-o com precisão para capturar sentidos que revelam o mundo.

Eu faço versos mais cedo
Quando arfa o silêncio pela casa
Olhos de neblina e entressonho
Rastreando os deuses da poesia.

         Na poética construída com paciência e consciência do ofício,   nota-se como  o poeta em si concebe esse sujeito que tem veias de vidro para refletir o mundo, esse habitante daquela ilha verde com a aridez dos anos,  expedindo canção e danação, mas desprovido de cupom fiscal. Quando dotado de sensibilidade arguta, constrói belas e verdadeiras estrofes, tentando equilibrar-se entre espantos,  na direção constante de quem incorpora novas opiniões perante a experiência humana no mundo.  

Não guardo moldes e cálculos
Soletro tempos e pássaros
Mas tudo exponho aos ventos.

         Nessa Breve Antologia Poética, de novo percebo as qualidades de um discurso que vaza lucidez, pulsando nas intimidades de suas estações com a pulseira do tempo o eu lírico, em procedimentos de teor filosófico, até mesmo nas  incursões  expressivas metalinguísticas. Nessas suas maneiras alusivas da vida, que são apenas ondas antes de alcançar o cume e espraiar na metáfora, prova ser a sua força a de um lírico autêntico, a ação quase não se fazendo perceptível, o poeta caminhando pelo interior de espaços que existem independentes de sua forma instrumental, manifestando-se    com imagens que se ajustam a uma inventiva formal que só os poetas experientes dominam.
Contra o silêncio de seres e objetos, em suas relações intransponíveis ao primeiro golpe de vista, emerge esse poeta de sentidos e visões penetrantes do que importa deixar-se ficar, vale tocar e decifrar. Revela, em sua legítima impressão digital, sinais que reverberam solidões, estados de alma por entre cenas do cotidiano, plasmadas pelas luzes da memória, transes e emoções de quem sabe ser isso a veia e o veio para dialogar com o outro nas incompletudes do tempo, indiferente ao que nos envolve e habita no trânsito da existência.  Desse ponto de vista, existe sem dúvida uma proposta formulada que chamo de pulsações líricas no labirinto de Orfeu, que comove nessa coisa afável, diáfana, feita de versos e estrofes para suportar a vida.            

___________________ 
·  Cyro de Mattos é ficcionista e poeta. Publicado em inglês, francês, italiano, espanhol, alemão, dinamarquês, russo. Premiado no Brasil, Portugal, Itália e México. Membro titular da Academia de Letras da Bahia. Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual de Santa Cruz.  

Novo livro selecionado para a Série Katharina

Hoje, dia 27 de junho, lembramos os 10 anos da morte do grande poeta Bruno Tolentino anunciando mais um livro para a Série Katharina, criada em sua homenagem, que já tem “Auto da Romaria”, de João Filho, e “Natal de Herodes”, de Wladimir Saldanha, publicados. O livro escolhido foi “Februarius”, do poeta Igor Barbosa.


O AUTOR
IGOR BARBOSA nasceu em Pernambuco, no ano de 1984, e reside na cidade do Rio de Janeiro. Estudou Filosofia e Letras na UERJ. Teve poemas publicados na Revista Dicta & Contradicta, edição 4, e na internet. É também autor de livros técnicos, produtor musical e compositor.

O LIVRO

O nome fevereiro vem do latim februarius, inspirado em Februus, deus da morte e da purificação na mitologia etrusca. E se o título “Februarius” remete ao mês que os antigos dedicavam aos mortos e aos rituais de expiação, Igor Barbosa inocula nessa ambiência um irresistível sentido de fevereiro brasílico, mas sem qualquer concessão ao fácil, dando provas da vitalidade de nossa poesia contemporânea: as temáticas transcendentes partem em geral da experiência cotidiana, com uma voz poética atenta ao mesmo tempo às formas elevadas e ao falar brasileiro. Versos livres, formas fixas e poemas heterométricos servem às necessidades expressivas de um estreante que já chega senhor de seu ofício. 


quinta-feira, 1 de junho de 2017

NOVO LIVRO DE NILSON GALVÃO

Novo livro do Nílson Galvão é o 12º da Série Horizontes, cuja contribuição à literatura baiana é mapear e procurar publicar o que há de mais relevante na poesia da nossa chamada Geração Anos 2000. 

quarta-feira, 17 de maio de 2017

A SUTILEZA DO SANGUE

Livro premiado como melhor obra de ficção pela Academia Pernambucana de Letras é lançado em 2ª Edição pela Mondrongo

O leitor encontrará neste livro uma autora que, embora estreante, apresenta forte maturidade. Estudiosa das técnicas narrativas, evitou escrever uma história meramente informativa, conduzindo os personagens com a habilidade de quem já conhece os segredos da ficção.
É certo que Andrea Ferraz detinha esta história que afinal é o traço da sua família, mas ela soube distinguir entre o narrativo e a verdade de forma que se trata de uma ficção com tudo aquilo que o leitor ao lado da autora pode inventar e criar.
A pouco e pouco se perceberá que o texto é leve e pontual, sedutor no sentido de envolver todos nós e de nos tornar cúmplices de cada personagem e de cada situação. Creio que ao final da leitura a surpresa será enfim desvendada pela qualidade do texto e provocará, ainda, alguma inquietação e busca.

RAIMUNDO CARRERO
Recife, dezembro de 2015

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terça-feira, 16 de maio de 2017

PRÊMIO MATSUO BASHÔ DE POESIA HAICAI 2017

REGULAMENTO OFICIAL

A EDITORA MONDRONGO, fundada e coordenada pelo escritor e haicaísta Gustavo Felicíssimo, com o intuito de fomentar e divulgar a produção do haicai brasileiro, institui o PRÊMIO MATSUO BASHÔ DE POESIA HAICAI, nos termos e condições estabelecidos neste regulamento.

Mais esclarecimentos e informações aos interessados serão prestados pela editora, nos telefones (73) 3041-3116 ou (73) 98842-2793, de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14 às 17h. Ou pelo e-mail: contato@mondrongo.com.br.

1. DO CONCURSO
O Concurso tem por objetivo a seleção de um livro de POESIA HAICAI, escrito em língua portuguesa e inédito, que não tenha sido objeto de qualquer tipo de apresentação, veiculação ou publicação parcial ou integral antes da inscrição no Concurso e até a divulgação do resultado e entrega do prêmio ao vencedor.

1. 1 DO HAICAI
Para efeito desta premiação, de maneira geral, entenda-se o haicai como um poema conciso, de origem japonesa, formado de três versos, podendo ter rima ou não; título ou não, métrica ou não.

2. DAS INSCRIÇÕES
2.1. As inscrições ocorrerão exclusivamente via Correios.

2.2 Poderão inscrever-se no PRÊMIO MATSUO BASHÔ DE POESIA HAICAI, brasileiros maiores de dezoito anos.

2.3. Cada autor poderá participar com apenas uma obra. Devendo fazer a inscrição sob pseudônimo.

2.4. As inscrições estarão abertas no período de 17 de maio a 31 de julho de 2017, devendo o envelope descrito no item 2.6.1. ser remetido via Correios.
2.5. Só serão aceitos os trabalhos entregues dentro do prazo estipulado.

2.6. Haverá uma taxa de inscrição no valor de R$ 100,00 (cem reais), cujo pagamento deverá ser feito mediante depósito, transferência, DOC ou TED, em uma das contas indicadas abaixo:

BANCO DO BRASIL
AG: 0070-1
CC: 36175-5
FAV: Gustavo Barbosa F. Pereira
CPF: 130913178-38

SANTANDER
AG: 3157
CC: 13001881-2
FAV: G. Barbosa Felicíssimo Pereira - ME
CNPJ: 18870370/0001-45


2.6. Os documentos para inscrição deverão ser encaminhados observando-se
os seguintes procedimentos:

2.6.1. Envelope nº 1 – O envelope nº 1 deverá conter:
− 3 (três) vias encadernadas, com folha de rosto, na qual deverão constar apenas o TÍTULO da obra e o PSEUDÔNIMO (obrigatório) do autor. O texto deverá ser digitado em apenas um lado da folha, fonte Times New Roman, tamanho 12, na cor preta; espaço entrelinhas 1,5; e impressos em papel A4. A formatação da página é flexível.
− A obra enviada deverá ter entre 60 e 80 páginas. Nem menos ou mais que isso.
− O recibo original do depósito (feito diretamente no caixa) ou transferência, DOC ou TED. Não serão aceitos depósitos em caixas eletrônicos (envelopes) ou xerox.
− O envelope nº 2, devidamente lacrado, deverá ser identificado somente com o título da obra. Dentro deverá constar uma folha impressa com o nome do autor, título da obra, endereço completo, pseudônimo, além de cópia do RG e CPF do autor.

2.6.1.1. O Envelope nº 1, que deverá ser postado como CARTA REGISTRADA deverá estar identificado com os seguintes dizeres:

EDITORA MONDRONGO
PRÊMIO MATSUO BASHÔ DE POESIA HAICAI
Rua Francisco da Silva Rocha, 105, 1º Andar
Bairro: Centro / Itabuna (BA)
CEP: 45.600-315

No verso, como remetente, o Pseudônimo do autor e endereço.
Nenhuma informação além dessas será aceita.

2.6.1.2. Não serão aceitas, em nenhuma hipótese, trocas, alterações, inserções ou exclusões de partes em quaisquer obras após a entrega, ainda que dentro do prazo de recebimento.

2.6.2.1. A não apresentação dos documentos indicados implicará na automática desclassificação da inscrição.

2.7. Não poderão concorrer os membros da Comissão Julgadora, funcionários da Editora Mondrongo e demais pessoas envolvidas na organização do prêmio.

3. DO JULGAMENTO
3.1. O julgamento das obras competirá à Comissão Julgadora, designada pela organização do concurso, composta de 3 (três) membros de comprovada vinculação com a área literária, que disporá de 30 (trinta) dias para realizar seu trabalho, podendo ser prorrogado por mais 15 (quinze) dias.

3.2. Em caso de impossibilidade de participação de algum membro da Comissão
Julgadora, a comissão organizadora designará um suplente.

3.3. A Comissão Julgadora do Prêmio terá plena autonomia de julgamento, não cabendo recurso às suas decisões.

3.4. O resultado será divulgado aos inscritos, no site da Editora Mondrongo e pela imprensa..

3.5. Será selecionado apenas 1 (um) vencedor.

4. DA PREMIAÇÃO
4.1. A divulgação do resultado (prevista para o dia 20 de setembro de 2017) e a entrega do prêmio ocorrerá em data e local a ser oportunamente divulgado.

4.2. O concurso conferirá o seguinte prêmio:
— Publicação da obra vencedora pela Editora Mondrongo.
— A quantia de R$ 1.000,00 (Um Mil Reais) em espécie.

4.3. O trabalho premiado será publicado com tiragem de 500 exemplares, prevendo comercialização principalmente pelo site da editora e demais canais disponíveis, cabendo para o premiado a quantidade de 200 exemplares.

4.4. O autor premiado cederá os direitos autorais patrimoniais não exclusivos sobre a obra à Editora Mondrongo, que poderá utilizá-lo, total ou parcialmente, em expedientes e publicações – internas e externas – em quaisquer meios, inclusive internet, respeitados os créditos do autor, sem que caiba a percepção de qualquer valor. Seis meses após a publicação do livro pela Mondrongo, o autor vencedor receberá os direitos autorais patrimoniais sobre a obra e poderá publicá-la por outra editora, com a exigência de que a logomarca do “Prêmio Matsuo Bashô de Poesia Haicai 2017” conste da capa e da folha de rosto da edição.

5. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
5.1. O prêmio poderá ser revogado em qualquer uma de suas fases, por motivos de oportunidade e conveniência administrativa, devidamente justificadas, sem que caiba aos respectivos participantes direito à reclamação ou indenização.

5.2. Os trabalhos inscritos não serão devolvidos aos autores em hipótese alguma.


5.3. Somente será divulgado o nome do autor vencedor.

domingo, 14 de maio de 2017

PRÊMIO MATSUO BASHÔ DE POESIA HAICAI 2017

A EDITORA MONDRONGO, fundada e coordenada pelo escritor e haicaísta Gustavo Felicíssimo, com o intuito de fomentar e divulgar a produção do haicai brasileiro, lançará nesta terça-feira, dia 16, o edital do PRÊMIO MATSUO BASHÔ DE POESIA HAICAI, cujo regulamento oficial do concurso poderá ser obtido no site da editora: www.mondrongo.com.br e no blog: http://blogdamondrongo.blogspot.com.br/

quinta-feira, 20 de abril de 2017

O abandono da casa em que Clarice Lispector passou a infância no Recife

 Texto e fotos de Gustavo Felicíssimo


O Recife marca parte da obra de Clarice Lispector. A infância da escritora ucraniana foi toda vivida na cidade que ela amava tanto ao ponto de se definir pernambucana. Entretanto, a casa, em Boa Vista, ao redor da Praça Maciel Pinheiro, onde há uma estátua sua, se encontra fechada e com graves sinais de depredação, tanto que quem passa pela rua vê parte do telhado desabado, as paredes em estado precário e as portas fechadas com tijolos. Parece que o imóvel é de propriedade da Santa Casa, mas, honestamente, entendo que o poder público deveria intervir para que o estupendo patrimônio não se perca. 

Estátua de Clarice com o sobrado onde morou ao fundo

o sobrado abandonado

placa de sinalização histórica

Praça Maciel Pinheiro

quarta-feira, 5 de abril de 2017

TRATADO DA LAVAÇÃO DA BURRA

Com apresentações de Olavo de Carvalho e Nelson Saldanha, o notável ensaio de Ângelo Monteiro, Tratado da Lavação da Burra, já está disponível para aquisição em nosso site, basta clicar AQUI.
A obra é filosófica, mas se caracteriza como uma espécie de “humor sério”, como afirmou José Alexandre Tavares Guerreiro em artigo publicado no Diário de Pernambuco. Nele o autor recolhe dados da realidade brasileira, aliás tão carente de novos intérpretes, para conseguir sintetizar o que há de realmente constante e "compreensível" na singularidade existencial do brasileiro.

Por outro lado, já que estamos em tempos de Operação Lava-jato, Ângelo Monteiro ao “lavar a burra”, passa a limpo os costumes do brasileiro.

quinta-feira, 30 de março de 2017

LANÇAMENTOS DA MONDRONGO NESTA SEXTA-FEIRA, EM SALVADOR

Nesta sexta-feira, dia 31, a partir das 19 horas, no Haus Kaffe (Pátio do ICBA – Corredor da Vitória), em Salvador, a Mondrongo apresenta três novos e ótimos livros. São eles: Auto da Romaria (Poesia), de João Filho; Natal de Herodes (Poesia), de Wladimir Saldanha; e Virgílio e Os Cantadores (Ensaios), de Mauro Mendes.  
Abaixo, breves comentários sobre cada livro.

AUTO DA ROMARIA
(Por Luciane Amato)
"Lugar de nascimento é destino", nos diz o poeta João Filho, e livros têm o seu destino como disse um outro poeta, e este destino, dentre tantos outros, consiste em nos dar uma perspectiva que permita ressignificar as nossas histórias e as histórias tanto dos nossos entes queridos quanto dos não tão queridos, como faz esse livro.
Muitos leitores serão, sem dúvida, como eu, transportados — e aqui, outro destino dos livros — para as cidades do interior onde nasceram e foram criados, se não com a Romaria, ao menos com as procissões que nos imprimiram definitivamente o caráter do Sagrado podendo, agora, desde a perspectiva desse mundo recriado por João Filho, renovar aquela impressão, pois percebemos aquele pequeno povo de Bom Jesus da Lapa e dos romeiros que lá foram dar, envoltos e interpretados pela Paixão de Nosso Senhor e, com essa percepção, recuperamos o sentido aqui,  atenuamos alguns ressentimentos ali, descobrimos o que estava oculto em alguns corações acolá.

NATAL DE HERODES
(Por Emmanuel Santiago)
T.S. Eliot diz que a poesia “não é a expressão da personalidade, mas uma fuga da personalidade”, fuga que se dá através da tradição. Porém, ao se apropriar da cultura, impregnando-a de suas vivências, o poeta é capaz de dar-lhe um sentido psicológico próprio, convertendo figuras históricas e do imaginário popular em mitologia pessoal. É essa sutil e difícil química que Wladimir Saldanha logra obter: inquietação metafísica, tensão entre o espiritual e o sensível com que dialoga o excelente e peculiar trabalho do ilustrador Felipe Stefani, cujas linhas revoltas sugerem uma diafaneidade das figuras, ao tempo em que lhes emprestam a materialidade do risco como tal. 

VIRGÍLIO E OS CANTADORES
(Por Soares Feitosa) 
O meu projeto é falar sobre a palavra poética, nestes dois extremos, o erudito (Virgílio) e o popular (os cantadores de viola). Convivem? Não e Sim. Não, pois, na maioria dos casos, as duas castas se repelem. Enquanto os cantadores cultivam mais e mais a sua cantoria, os eruditos afastam-se mais e mais do popular. Tudo isto constitui uma perda, uma dicotomia desnecessária, que “Virgílio e os Cantadores” tenta desfazer, porque o bom é perfazer essa viagem Grécia (Roma) e sertão. Sim, apenas nuns quatro gatos pingados. O poeta Gerardo Mello Mourão foi um dos poucos que citavam suas origens intelectuais como menino de feira, ouvindo os cegos cantadores, em Ipueiras, no sertão do Ceará. Eu também os ouvia em Nova Russas (CE), na voz soberba do cego Dantas, seca de 1958, por aí, e, logo no início deste livro de Mauro Mendes, ficamos sabendo que, pela mesma época, ele também ouvia os cantadores de viola nordestinos, em Quixadá (CE). 

terça-feira, 21 de março de 2017

Natal de Herodes, de Wladimir Saldanha, em pré-venda

O novo livro de Wladimir Saldanha, Natal de Herodes, também está em pré-vende com preço e frete a valor promocional. Quem adquirir agora o receberá em casa, autografado pelo autor. A previsão de postagem é dia 3 de abril. CLIQUE AQUI

Novo livro de João Filho em pré-venda

Com lançamento planejado para o dia 1 de abril, em Salvador, o novo livro de João Filho, Auto da Romaria, está em pré-venda com preço e frete a valor promocional. Quem adquirir agora o receberá em casa, autografado pelo autor. A previsão de postagem é dia 3 de abril. CLIQUE AQUI

Um poema de Que Assim Seja, do Luis Pimentel

O livro pode ser adquirido AQUI

Um poema de Antonio Brasileiro

O livro pode ser adquirido AQUI

quarta-feira, 15 de março de 2017

Laurina Tecendo os Fios do seu Tapete

Está disponível no site da Mondrongo (AQUI) o livro “Laurina Tecendo os Fios do seu Tapete”, da psicóloga e professora Ila Nunes. A obra, em formato 21 x 28cm, conta com ilustrações do artista plástico Gabriel Ferreira.
Sobre o livro
A autora define “Laurina Tecendo os Fios do seu Tapete” como um conto escrito em versos que revela a relação entre mãe e filha. Durante o dia, Laurina tece fio a fio o seu tapete e à noite é a mãe dela que desfaz todo o trabalho. O tapete de Laurina é desfeito porque sua mãe julga que ele não foi bem tecido. Laurina, ao ser surpreendida por essa ação da mãe, argumenta que são os fios feios, mas os seus fios feitos. A trama de Laurina desenvolve-se nessa díade mãe-filha na qual é possível perceber que Laurina deseja e faz escolhas para além dos anseios e das opções de sua mãe.

A obra, embora classificada como literatura infanto-juvenil, não obedece a uma idade do leitor, e nela é possível perceber a analogia com o mito grego “A Odisséia” e a presença diluída de grandes pensadores como Nietzsche, Sartre, Freud e Lacan. 

terça-feira, 14 de março de 2017

Virgílio & os Cantadores e Outros Ensaios

Abordo, aqui, a questão da palavra poética, nestes dois extremos, o erudito (Virgílio) e o popular (os cantadores de viola). Convivem? Não e Sim. Não, pois, na maioria dos casos, as duas castas se repelem. Enquanto os cantadores cultivam mais e mais a sua cantoria, os eruditos afastam-se mais e mais do popular. Tudo isto constitui uma perda, uma dicotomia desnecessária, que “Virgílio e os Cantadores” desfaz, porque o bom é perfazer essa viagem Grécia (Roma) e sertão. Sim, apenas nuns quatro gatos pingados. Para adquirir clique AQUI
(DO ESTUDO INTRODUTÓRIO ESCRITO POR SOARES FEITOSA)


Novo livro de Fabiano Salim comentado por ele mesmo

Este livro, que pode ser adquiro AQUI mistura, em páginas separadas, contos e casos.
O conto, obra do imaginário, busca materializar coisas retidas na alma, como quando o vinho míngua na garrafa fazendo a cabeça brindar em taças, esvaziar a tinta da caneta e enriquecer o papel.
Já um caso, também dito “causo”, engraçado por natureza, muitas vezes brota em um canto desconhecido, atravessa os limites do município, espalha além das divisas de estado, pula fronteiras. Vira folclore. Ganha recortes, acréscimos, adaptações em forma, época e personagens, tornando-se originário de torrões mil.
Nos casos aqui relatados, eu estava presente na maioria. Quando não, pelo menos conheci seus protagonistas que, de pés juntos, juram ser autores das artes.

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

ÁLLEX LEILLA NO RASCUNHO

"Nosso melhor amigo e nosso pior inimigo é o mundo, pois a escrita se faz dessa tensão de estar e não estar ao mesmo tempo. Nos ausentamos da pauta para nos presentificarmos na página."

A entrevista, na íntegra, da Állex Leilla (autora de “Não se vai sozinho ao paraíso”, Mondrongo 2016) no Rascunho. CLIQUE AQUI PARA LER
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O livro pode ser adquirido AQUI